segunda-feira, 30 de outubro de 2017

“Luterão” de Deus


“Luterão” de Deus


Como já muito temos ouvido, agora são 500 anos, e pra contrariar os opositores, isso é fato, é histórico e é verdade. E como eu não me canso de repetir, contra a verdade nada podemos, somente em favor da mesma. Para os que minimizam e acham que a reforma foi fruto de uma ocasião somente politica e econômica, ficarão sem argumentos ao ver um impacto que ela trás, com processo de educação.

Hoje a liberdade de pensamento que é um termo muito em voga, foi por princípio iniciado com nossos reformadores, Lutero pensando diferente da igreja no XVI, foi o primeiro a levar tal “ideologia” até o fim, Lutero, por conseguinte vai dizer “Paz se possível, mas a verdade a todo custo.” Ninguém vai até o fim por uma mentira, e sabendo do monopólio do qual a Igreja católica imperava. Se há algo em Lutero a que me inspira, é o compromisso do qual ele tinha. O caráter de Lutero não está em discussão, e ainda que tivéssemos nós protestantes, somos realistas o suficiente que como qualquer humano, Lutero tinha suas crises. Uma dos grandes ensinamentos de Lutero é o seu não conformismo, e o verdadeiro que cristão aquele que já foi justificado, ele deixou de se conforma com o sistema, e está disposto a expor a verdade diante do mundo. É só uma mensagem rápida, para gerar em nossos corações sentimento de gratidão, de que a prova que Deus não abandonou a historia, é porque ele tá sempre levantando homens mediante a sua imperfeição, para que através de sua perfeição ele trate das demandas que sequer pensamos, mas que precisamos, e para que não homens se vangloriem, para que reconheçam que somente dele é a glória. Parabéns a todos os “envolvidos”, e que os ecos da reforma permeiem e permaneçam.

Escrito por: Anderson Mattos 

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A vida requer alguma dieta

Talvez você se pergunte por que justamente esse tema, e o que implicaria falar de uma dieta? Certas coisas tem um significado mais profundo do que imaginamos, se formos no grego a origem da palavra dieta está atado a “modo de vida” ou “modo de viver”, e modo de vida tem a ver com tudo. Ainda sobre a reforma e aproveitando o mês em que fazemos 500 anos desse marco, que retrata mais um momento da vida de Martinho Lutero, a quem dos reformadores acabamos estudando um pouco mais.

Incluir dieta na introdução, está conectado a um dos momentos mais complicados da vida de Lutero, a famosa Dieta de Worms. Só para a gente não se perder e seguir uma mesma linha de pensamento. Após Martinho Lutero pregar as 95 teses em latim, no dia 31 de outubro de 1517, no castelo de Wittenberg, aonde eram colocados geralmente avisos, e numa velocidade imensa essas teses perpassam por toda Europa, graças a alguém que traduziu as teses colocou na imprensa, e muitos chegam a comparar a velocidade do fenômeno como a da internet. Lembrando que ainda em 1517 Lutero não tinha ainda concluído em seus estudos a justificação pela fé. Seguindo uma pouco mais e tratando resumidamente, as teses chegam as mãos do papa e envia um representante da igreja (cardeal Cajetano) solicitando que Lutero se retrate dos seus escritos, e Lutero pela primeira vez, vai se recusar se retratar. Depois de haver passado debates, livros lançados por Lutero, na primavera de 1521, teremos a dieta de Worms na Alemanha, e o ponto do qual eu queria chegar.

A dieta de Worms, em relação a Lutero, foi especificamente o pedido para que se retratasse diante de alguns representantes da igreja, o imperador Calos V e alguns príncipes da Germânia. Fato é que nosso reformador, dotado de grande estratégia, após ter todos seus escritos mostrados diante de todos, cercado de tamanha certeza e estratégia, parafraseando o reformador “Retratasse de exatamente o que? Ali havia comentários bíblicos, devocionais, livros etc. Precisava de apenas um dia para analisar tudo” Lutero com sua ideia de pegar todos desprevenidos, e ganhar tempo, acabam por conceber. No dia seguinte como já não dava mais para esperar e o que já era inevitável, ele diz a seguinte frase tão eloquente “...A menos que se me convença por testemunho da Escritura ou por razões evidentes – posto que não creio no papa nem nos concílios somente, já que está claro que eles têm se equivocado com frequência e tem se contradito entre eles mesmos -, estou acorrentado pelos textos escriturísticos que tenho citado e minha consciência é uma escrava da palavra de Deus. Não posso nem quero retratar-me em nada, porque não é seguro nem honesto atuar contra a própria consciência. Que Deus me ajude. Amém” está é a frase celebre de Luteroque o que muitos vão falar que é o fim da chamada idade média, é claro que acho um tanto tendencioso pensar dessa forma, mas é fato que após isso ele é de fato condenado pelos seus escritos.

Os dois parágrafos acima, é na verdade o famoso dito popular “resumo do resumo”, na realidade eu quero trazer luz os princípios da reforma neste momento e não a história com ricos detalhes. Durante muito tempo eu vi um Lutero nervoso diante de um imperador e os representantes do clero, alguém que sabia todo o poder da igreja, e que até em seu livro publicado antes mesmo da dieta “Do cativeiro babilônico da igreja” no qual retrata por completo o clero católico. Lutero sabia o que poderia acontecer, e como diria um certo professor meu “O medo bateu a porta daquele coração”, e olhando todo seu histórico conclui que sempre foi alguém com medo e paranoico. Mas recentemente estudando Lutero novamente e seguindo até novas fontes, eu penso no Lutero guiado por Deus, é claro que a pessoa de nosso reformador terá seus excessos, cometerá seus “vacilos”, contudo não posso abandonar a premissa que Deus usa a imperfeição humana para guiar a história sob sua perfeição, e além do mais tenho como forte convicção o que palavra de Deus vai dizer em 2 Timóteo 1: 7-8:

“...Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.
Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus...”

Quando olhos essas duas premissas eu sou obrigado, a ver a história não com anacronismo, mas pela Soberania de Deus, que usa pecadores corrompidos, para serem alvos de sua justiça, que toma o meu pecado e cede sua luz, justiça e amor para com minha vida. Agora vejo um Lutero não desamparado, não obstante, firme em Deus o qual ele vai chamar de “castelo forte e refúgio”, não há nenhuma tentativa de “romantizar” essa história, acredito que a fala final defina sob qual era realmente a intenção do reformador alemão. De maneira prática que possamos nos posicionar diante dos fatos contrários, que requerem uma posição nossa a qual Deus nos cobra, que a luz de Deus nos ilumine e nos faça ferramentas em suas mãos para reformar, seguindo o lema da reforma “sempre reformando”, e que a cima de tudo, diante das dietas possamos mostrar o modo correto de viver.


Anderson Mattos









quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Reformar, por que não?

Um dos termos mais adequados para a palavra reformar é corrigir, e corrigir implica em ver um erro e a partir disso tomar a devida providência. O pensamento inicial do reformador protestante na Germânia, Martinho Lutero, como muito já é conhecido Lutero foi um dos propulsores do movimento de reformar pela Europa, sua insatisfação com alguns termos empregados pela igreja católica, inquietou a sua alma, não aguentando ver o povo alemão sendo ludibriado, tomou a devida providencia para o seu tempo. Era comum colocar teses e avisos na porta do castelo de Wittenberg, mas incomum era alguém tomar a atitude de Lutero, já que a insatisfação de ver uma heresia sendo propagada, gerou em Lutero 95 motivos, 95 revoltas, 95 ideias inconvenientes ao império de sua época. 

Não quero com esse texto cometer anacronismos, mas não quero deixar de dar o devido mérito a Lutero, por ter sido entregue e Deus o fez instrumento para sua época, conheço bem as tais coisas que ele fez. Tive a oportunidade de falar sobre a reforma em uma conferência no seminário teológico que me formou, e uma das coisas da qual ouvi do Youtuber Yago Martins, é que a “reforma não se baseia no caráter libado de Lutero, mas sim no que ele redescobriu e estudou e evidenciou”, o que Yago está falando brilhantemente é que a obra de Cristo não está baseada no caráter inconstante de alguém. Seguindo a linha de pensamento, olha o caráter de Pedro, quanta “dor de cabeça” ele não fez o Cristo passar, em alguns relatos como em Mateus 8 e Cristo no barco, Mateus 16 após reconhecer que Jesus era o Cristo salvador e o que salva a humanidade com sua justiça, e até mesmo durante a o julgamento de Cristo, como diz o relato bíblico, Pedro vai negar 3 vezes, ele que dizia que morreria, e ainda assim ele deixou o seu rebanho sob os cuidados de Pedro.

A grande lição que tiro do que já foi exposto sobre reforma, e o combate a heresia e não deixar espaço para soberba, para acreditar que eu somente dou conta e simplesmente posso promover uma reforma autentica e que agrade a Deus, se primeiro não for planejada por ele. Me lembro do meu professor e atual pastor presidente de minha igreja Rivelino Aquino, que em uma aula de homilética, enfatizando deveríamos pregar somente a bíblia, e em certo momento da aula, ele falou o porquê a bíblia e não a heresia, ele disse “O grande problema da heresia é que ele vem para roubar a glória que é devida a Cristo, e tenta dar a qualquer outro princípio, o que primordialmente é de Cristo. ” Claro que esse conceito foi estudado e exposto por muitos, não foi ele que inventou o conceito, mas ele o adequou para sua aula e vida. A heresia tem por pior destronar a Cristo e torna-lo complicado, ou pior, tratando sua salvação como princípio meritório, mas a humildade de saber quem somos é suficiente para saber quem Cristo é.                          


                                                                                                                         Anderson Mattos

Uma geração que precisa de Deus

A iminência quanto ao evangelho, para está geração, está intimamente ligada às decorrências da pecaminosidade desenfreada do homem. É de ...