sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Cura gay? Só que não!

A interpretação equivocada do limitar emitida pelo Juiz Waldemar Claudio de Carvalho, tem sido repercutida de forma avassaladora nas redes sociais e mídias. Observa-se que todo mundo acaba tirando conclusões de informações manipuladas, sem respaldo e fruto de opinião de terceiro. E o que se ganha com isso? Polêmicas? Brigas? Preconceito? A preocupação é defender homossexuais ou popularizar sua posição quando ao assunto? É significativamente questionável quando se defende algo que de fato não se sabe.

A principal preocupação da aprovação da popularmente conhecida como “cura gay”, é a saúde de quem deseja ser orientado por um psicólogo. Não se tem o objetivo de se curar, mas se ajudar um ser humano que quer ajuda e sente necessidade disso. E qual o problema que existe nisso? É muito mais complicado para um psicólogo que para um homossexual essa situação, porque caso fale algo mal interpretado, pode ter seu registro no Conselho Regional de Psicologia cassado.  

Não há o objetivo de se patologizar a homossexualidade. A psicóloga e especialista em Direito Humanos, Marisa Lobo, afirmou que “Nós usamos as técnicas aprovadas pela psicologia e não uma suposta terapia inexistente. E se estas linhas da psicologia são insuficientes para gerar bem-estar à pessoa humana que nos procura, então que fechem a psicologia”. Sendo assim, o psicólogo não está privado em estudar e atender aqueles que, por conta própria, procura o profissional para oriente-lo quanto sua sexualidade. Simples assim!

Por que algo que tem o objetivo de beneficiar de uma pessoa se tornou tão polêmico? Em que ponto se foi definiu homossexual como doente? Onde se categorizou homossexualidade como doença, e o incluiu ao CID 10 (Classificação Internacional de Doença e Problemas Relacionados à Saúde)? Só se acaba a censura à terapia de (re) orientação sexual para homossexual que tem o interesse. Só irá procurar esse tipo de ajuda quem se sente na necessidade, e voluntariamente.

Em uma conversa com colegas homossexuais na universidade que estudo, percebi que eles concordaram com decisão do juiz, tão “crucificado” pela grande massa. Não viram como um ato homofônico, mas como mais uma forma de acolhimento à classe LGBT. E ainda ousaram afirmar: “Quem se sentiu tão ofendido, é provável que ainda não aceitou sua própria sexualidade”.

A definição da saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”. E se existe profissional que possam ajudar, quem qualquer de uma dessas área, qual o problema de ajudar? Tudo tem o objetivo a promoção da saúde, tão defendida pela Lei Orgânica da Saúde 8.080, onde estão descritas as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sou estudante da área da saúde, como estudante, cidadã e ser humano, acredito que tal limitar emitida pelo juiz só tem a agregar ao bem-estar. Está longe de ser uma afronta ou ato preconceituoso ou desrespeitoso. Todos devem ser tratados com equidade e honrosamente. A atitude mais desonesta que observei nesses últimos dias foi a manipulação da informação e a sua disseminação. O brasileiro reclama tanto da manipulação da mídia, mas torna-se conivente a ela. Cura gay? Só que não! 


Raphaela Farias

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