sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Unidade Maligna

A unidade me traz dezenas de experiências boas, e centenas ruins. O seu problema principal como necessidade, pois anseia saciar as demandas fisiológicas e psicológicas, da qual o ser humano tem de se unir para diversos fins. Comunhão carrega consigo o alvo de alcançar um objetivo em comum, e em minhas reflexões o texto bíblico que será apresentado, certa vez apresentada pelo Pastor Rivelino Aquino, de forma que nunca havia percebido antes.

“... os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam ali, acusando-o com veemência.
Então Herodes e os seus soldados ridicularizaram-no e zombaram dele. Vestindo-o com um manto esplêndido, mandaram-no de volta a Pilatos.
Herodes e Pilatos, que até ali eram inimigos, naquele dia tornaram-se amigos.
Pilatos reuniu os chefes dos sacerdotes, as autoridades e o povo...”
(Lucas 23 – 10:13)

Obs: O foco do texto é trabalhar a então união momentânea de Pilatos e Herodes, e o antagonismo que a comunhão tem para bem ou sendo para o mal, não vou ter tempo para contextualizar o texto em seu original, mas não vejo problema de fazermos isso nos comentários de maneira respeitosa e educada.

Ao ler o versículo da união de Pilatos e Herodes, me parece cena de filme ou novela, se bem que a frieza é tamanha, que filme algum de Jesus talvez tenha essa cena de tão terrível que ela é só de imaginar. Relendo esse texto duas coisas ficam clara, a primeira é que políticas, personalidades, pensamentos filosóficos, ideias econômicas e todos os tipos de diferenças possíveis, podem se unir para um único objetivo seja ele com as melhoras das intenções cercados de convicções e virtudes, mas também, pessoas ou grupos podem se unir mesmo dominados por piores dos sentimentos, ideias, filosofias para perpetuar o mal. Uma rápida contextualização do motivo da união desses dois grupos, primeiramente precisamos entender por que eram inimigos, e isso é um pouco complexo. No ano 30 A.C.  Período que aproximadamente remonta o cenário, do que hoje conhecemos como Israel e Palestina, existiam alguns grupos judeus e com pensamentos teológicos diferentes, alguns historiadores gostam de denominar o momento desses grupos como “judaísmos”, abaixo segue os nomes e alguns detalhes importantes:

Fariseus - Grupo mais popular de sua época, com costume de usar mais a HALAKA do que os escritos que temos hoje como A.T.
Saduceus – Considerado a burguesia de sua época, são famosos por não acreditar na ressurreição.

Publicanos – Considerado os que estavam de acordo com império romano, e recolhiam o tributo de seu próprio povo.

Herodianos – Seguidores do rei Herodes, não tinha muita credibilidade do povo pelo fato de exerce certo domínio junto com Roma e pelo fato de não ser “100% judeu”, tanto que um dos feitos, do antecessor de Herodes o grande é restruturação do templo.

*Ainda existem outros grupos como Essênios, samaritanos, zelotes etc.    

Somente para não perdemos a mesma linha de raciocínio, Pilatos era representante de Roma naquela região, e estava responsável por toda questões tributaria/econômica e ação militar, enquanto Herodes designado pelo próprio império, que permitia que os povos subjugados professassem sua fé, Roma escolherá Herodes para ficar responsável pela questão religiosas e da lei de Moisés. E por este que fato que quanto os fariseus leva Jesus a Pilatos, eles não levam Jesus, diante do mesmo motivo que entre eles haveria condenado, que seria de ter se proclamado filho de Deus, eles levam sob acusação de que Jesus não consentia com pagamento de tributo a Roma. Porém como lemos no texto, o próprio Pilatos já havia entendido a situação e após um breve debate encaminha Jesus a Herodes, que seria o ideal. Explicando agora o motivo da amizade em torno do “bem em comum”, é que Pilatos não demostrará atrito nessa questão com Herodes, muito antes pelo contrário, reconheceu o que era devido segundo a sua jurisdição. Como já sabemos o final dessa história, não tem necessidade de continuidade, mas a história mostra por si mesmo, que aonde sempre houve atrito por questões políticas, também mostra que a mesma política os unirá.

 O segundo ponto que inquieta, é o quão falho o ser humano é, por tentar forma tão falha se aproximar de seu próximo sem o verdadeiro sentimento que os manterá unidos. Com a experiência de igreja, lendo sobre Jesus, filosofias e ideologias não podem unir o homem para ser instrumentos da poderosa mão de Deus, por que todo ato que envolve o homem enquanto estiver intrinsecamente ligado a pessoa de Jesus Cristo, está dominado por pecado, por qualquer boa ação de seja, a morte de Cristo nos une e nos veste do manto de sua justiça, continuamos pecadores, mas justificados pela graça do seu amor. 

Eu vejo em gênesis 11, homens se unindo para alcançar a Deus, e o seu fim trágico e chego a pensar sarcástico da parte de Deus, em mostrar que simplesmente mexendo em seus idiomas pode afetar algo que pensavam ser grande, entretanto, eu vejo Deus alcançando homens e vejo ele unificando em língua, essa que entendo que seja o amor, o vínculo da perfeição, e vejo a sua igreja a mais de dois mil anos se mantendo de pé. Tente sempre se lembrar que existem os que são unidos por fé, e os que se unem por má-fé.


Escrito por: Anderson Mattos 

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